segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Perfil da Reciclagem no Brasil


Um dos principais problemas gerados pelo padrão de consumo existente hoje é o lixo gerado tanto na fabricação dos bens como nas embalagens para o seu transporte e descarte do próprio. Uma medida que hoje vem solucionar parte desse problema é a reciclagem, que quando feita diminuiu o gasto de energia para a produção e o uso de matérias-primas e água no processo produtivo a partir dos reciclados, sendo viável economicamente na maioria dos casos, ajudando o meio ambiente e também famílias inteiras que sobrevivem da reciclagem desses materiais.

Vidro 
Com um quilo de vidro se faz outro quilo de vidro, com perda zero e sem poluição para o meio ambiente, além disso, a reciclagem permite poupar matérias primas naturais, como areia, barrilha e calcário. A reciclagem desse material não é maior devido ao seu peso, o que encarece o custo do transporte da sucata.
46% das embalagens de vidro são recicladas no Brasil somando 390 mil ton/ano. Desse total, 40% são oriundos da indústria de envaze; 40% do mercado em geral; 10% de bares e restaurantes, e 10% do refugo da indústria. Na Suíça esse índice chega a 92%.

Papel e Papelão 
As caixas feitas em papel ondulado são facilmente recicláveis, consumidas principalmente pelas indústrias de embalagens, que foram responsáveis por 64,5% dos recicláveis. A contaminação com cera, óleo, plástico e outros materiais prejudicam a reciclagem destes materiais. 
33% do papel que circulou no País em 2004 retornou à produção através da reciclagem. Esse índice corresponde à aproximadamente 2 milhões de toneladas. A maior parte do papel destinado à reciclagem, cerca de 86%, é gerado por atividades comerciais e industriais.


Embalagens Longa Vida 
Cada tonelada de embalagem Longa Vida reciclada gera, aproximadamente, 680 quilos de papel kraft. A partir da reciclagem dessas embalagens é possível obter fibras para confecção de caixas de papelão e plástico/alumínio que podem ser utilizados para fabricação de peças plásticas como vassouras, canetas e até placas e telhas. É importante que as embalagens estejam livres de resíduos orgânicos como restos de comidas, pois isso evita odores desagradáveis ao material armazenado.  
25,5% foi a taxa de reciclagem de Embalagens Longa Vida no Brasil em 2007 totalizando cerca de 48.500 mil toneladas. Na Europa, a reciclagem deste material ficou em 30% enquanto a taxa média mundial foi de 16%. No Brasil, é previsto um aumento da reciclagem desse material devido à expansão das iniciativas de coleta seletiva de municípios, cooperativas e comunidade, além do desenvolvimento de novos processos tecnológicos.


Aço
As latas devem estar livres das impurezas contidas no lixo, principalmente terra e outros materiais metálicos. O estanho em concentração elevada pode dificultar a reciclagem fazendo-se necessária a retirada deste por processos metalúrgicos que encarecem o processo. 
49% das latas de aço consumidas no Brasil em 2007. Se considerarmos os índices de reciclagem de carros velhos, eletrodomésticos, e todos os segmentos do aço e somarmos aos índices das embalagens deste material, o Brasil recicla cerca de 70% de todo o aço produzido anualmente.


Alumínio 
O alumínio é reciclável sem perder as suas características, por isso latas e outros tipos de sucata, podem ser reutilizadas como outros produtos de alumínio, com características técnicas necessárias para atender às diversas aplicações. A contaminação com matéria orgânica, a mistura com outros materiais, areia ou até mesmo excesso de umidade interferem na reciclagem do alumínio, dificultando sua recuperação para usos mais nobres.
O material é recolhido e armazenado por uma rede de aproximadamente 130 mil sucateiros, responsáveis por 50% do suprimento de sucata de alumínio à indústria, além . Em 2005, o Brasil reciclou aproximadamente 9,4 bilhões de latas de alumínio, que representa 127,6 mil toneladas, tendo em 2007 um índice de reciclagem de 96,5%, superando países como Japão(90,9%) e EUA(51,6%).

Plásticos 
16,5% dos plásticos rígidos e filme são reciclados em média no Brasil, o que equivale a cerca de 200 mil toneladas por ano. O Brasil ocupa o 4º lugar na reciclagem mecânica do plástico, ficando atrás, apenas da Alemanha, Áustria e EUA.
A contaminação do material com a matéria orgânica, areia ou óleo e a mistura de plásticos que não são quimicamente compatíveis prejudicam o processo de reciclagem. Sendo assim, os vários tipos precisam ser identificados e separados, através dos símbolos padronizados que identificam cada material.

PET 
O PET reciclado é utilizado principalmente para a produção de fibras de poliéster, extrusão de chapas e filmes para termoformagem. Vários outros setores, entretanto, utilizam as embalagens de PET recicladas como matéria-prima: resinas para tintas, vernizes, adesivos e resina poliéster, tubos e vários outros.
O índice de reciclagem brasileiro do PET é de 51,3 %, o maior do mundo entre os países onde não há coleta seletiva. Em 2006, o volume reciclado foi de 194 mil toneladas de embalagens.
O consumidor ainda não está totalmente informado sobre a possibilidade de reciclagem e o valor econômico da garrafa PET, com isso, as embalagens acabam descartadas no lixo comum. Por outro lado, a falta de sistemas eficientes de coleta seletiva impedem a recuperação das garrafas, que acabam perdidas em aterros sanitários e lixões.

Fonte dos dados: Associação Brasileira de Embalagens (http://www.abre.org.br)




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