sábado, 16 de outubro de 2010

E se...

E se o mundo como conhecemos atualmente, de fato, acabasse em 2012, como profetizaram os maias? E se pedra não restasse sobre pedra? E se a vida na Terra deixasse de existir? Todos os esforços para preservar a natureza seriam em vão? 
Não sei quanto a vocês, mas, ao meu ver, não anula a minha parcela de responsabilidade sobre o meio onde vivemos. Não faz muito, eu assisti um documentário (não lembro ao certo qual), onde foi dito: “as coisas têm o direito de ficar lá”. Um homem defendia o direito de animais e plantas permanecerem no seu estado natural, sem serem aniquilados, destruídos ou extintos, pelo simples fato existencial de que: se nós temos o direito de aqui permanecer, fauna e flora partilham das exatas mesmas condições. Mas é algo que a maioria dos homens ignora. 
Peguemos um exemplo banal, quem já assistiu Avatar? A parte do filme que nos convém é a relação de respeito entre os Navi (habitantes do planeta Pandora) e a natureza, incluindo animais. Entre outras cenas, isso fica bem claro no momento onde Neytiri (“garota” nativa do planeta) mata um animal para salvar a vida de Jake Sully (protagonista da história). Embora existam motivos para a morte, ela não se conforma pelo ato de crueldade “inutilmente”, pois os Navi não se consideram nem menos, nem mais do que qualquer espécie que os circunda. O que muito me faz pensar sobre nossa inconsciência relacionada ao consumo de carne animal: não nos importamos como os animais são criados, tratados ou mortos para nos alimentar. Nosso campo de percepção atinge, somente, até onde nos convêm.
Voltando ao tema principal deste texto, como imponentes seres humanos que somos, com “tele encéfalo altamente desenvolvido e polegar opositor” (como repetido várias vezes no documentário Ilha das Flores), nós nos enxergamos no topo da cadeia alimentar e nos atribuímos o direito de devastar tudo o que se encontra disponível no ambiente (quando não exploramos a nossa própria espécie), sem nos preocupar com a finitude nos recursos. Quem somos nós para determinar o fim de qualquer recurso? É certo que o nosso planeta tem o seu próprio processo de degradação e que um dia, potencialmente, as condições nas quais vivemos terão fim, mas isso será efeito de um contínuo processo de deterioração, cabendo ao homem retardar seus efeitos malignos sobre a Terra.
Saber que tudo tem seu fim, não me faz desistir de preservar. E você, o que pensa sobre isso?  Expresse-se.


Marina Moreira              

Um comentário:

  1. Que bacana ver esse curso crescendo e dando frutos.

    Fui da turma passada e hoje tenho a felicidade de poder estar trabalhando na área, e é ótimo ver os esforços de vcs, da Malu, do Marcos e todos os professores e envolvidos gerando novas ideias e formando novas pessoas.

    Eduardo Gomes

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